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Corrida de Rua é um Esporte Elitizado? Acessibilidade vs. Custos

A corrida de rua, em sua essência, é um esporte acessível, pois exige apenas um par de tênis e um espaço para correr. No entanto, a popularização e a profissionalização do esporte trouxeram uma série de fatores que podem torná-lo elitizado, especialmente em um contexto de eventos e competições.

Acessibilidade x Elitismo

A dicotomia entre acessibilidade e elitismo na corrida de rua é bastante complexa. Por um lado, a corrida é uma atividade que pode ser praticada em qualquer lugar e a qualquer hora, sem a necessidade de equipamentos caros ou taxas de filiação a clubes. Isso faz com que seja uma opção viável para pessoas de diferentes classes sociais.

Por outro lado, o universo das provas e maratonas se tornou um mercado que pode ter barreiras financeiras. Alguns fatores que contribuem para essa percepção de elitismo são:

  • Custos de inscrição: As taxas para participar de corridas, especialmente as mais conhecidas ou de longa distância, podem ser elevadas.

  • Equipamentos e acessórios: Embora um tênis simples seja suficiente para começar, a pressão por desempenho e conforto leva muitos corredores a buscar modelos mais caros, além de roupas específicas, relógios GPS, suplementos e outros itens.

  • Assessorias esportivas: O acompanhamento de um treinador ou assessoria esportiva é um diferencial para muitos corredores, mas representa um custo adicional significativo.

  • Viagens: Participar de provas em outras cidades ou países, algo comum entre corredores mais experientes, envolve gastos com transporte, hospedagem e alimentação.

Esses pontos mostram que, enquanto a prática da corrida em si continua sendo acessível, a participação no circuito de eventos e a busca por alta performance acabam sendo privilégios de quem tem condições financeiras para arcar com esses custos.

A Corrida de Rua no Brasil

No Brasil, a corrida de rua vem crescendo exponencialmente, e com esse crescimento, surgem iniciativas para torná-la mais inclusiva. Por exemplo, existem corridas gratuitas ou com valores de inscrição mais baixos, além de projetos sociais que promovem o esporte em comunidades. Além disso, a inclusão de pessoas com deficiência em eventos de corrida, com adaptações e largadas especiais, tem se tornado mais comum.

Em resumo, a corrida de rua em sua forma mais pura não é elitizada, mas a cultura e o mercado em torno dela, com eventos e equipamentos de ponta, podem criar uma barreira para aqueles com menor poder aquisitivo. A percepção de elitismo depende muito da forma como a pessoa se relaciona com o esporte: se é para apenas correr e cuidar da saúde ou para participar de competições e buscar a alta performance.

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